
Jejum prolongado e testosterona: resultados de 10 dias e refeed
O jejum prolongado e testosterona são temas que têm chamado a atenção não só de estudiosos, mas também de pessoas em busca de otimização da saúde e desempenho hormonal. Recentemente, um experimento pessoal divulgado no Reddit trouxe luz sobre como um jejum de 10 dias pode afetar diretamente os níveis de testosterona, trazendo dados claros e um panorama realista para quem pensa em testar essa prática.
O que aconteceu durante o jejum prolongado e testosterona?
Em um relato publicado por um entusiasta do biohacking, foi documentado o comportamento dos níveis de testosterona durante e após um jejum prolongado de 10 dias. Inicialmente, os níveis de testosterona total caíram de forma significativa ao longo do período de jejum. Essa queda, embora preocupante para muitos, surpreendentemente não foi definitiva. Após o refeed — ou seja, o momento em que a alimentação normal foi retomada —, os valores hormonais voltaram a subir, praticamente restaurando os níveis prévios à restrição alimentar.
Confira os principais dados marcantes extraídos do experimento:
- Em dezembro de 2024, a testosterona total estava em 969 ng/dL.
- No fim do jejum de 9 dias, fevereiro de 2025, caiu para 131 ng/dL.
- No período pré-jejum (agosto de 2025), registrou 671 ng/dL.
- Ao término do jejum de 10 dias, em setembro de 2025, estava em 495 ng/dL.
- Após o refeed, em outubro de 2025, subiu novamente para impressionantes 882 ng/dL.
Testosterona livre: outro indicador importante
Além da testosterona total, a testosterona livre também foi monitorada, sendo fundamental para entender a quantidade efetiva do hormônio disponível para o organismo. Os números dessa forma ativa refletiram uma tendência bastante similar:
- De 10,8 ng/dL em dezembro de 2024;
- Caiu para 1,5 ng/dL ao final do jejum de 9 dias em fevereiro de 2025;
- Registrou 5,2 ng/dL no final do jejum de 10 dias, em setembro de 2025;
- E voltou a 10,7 ng/dL após o refeed em outubro de 2025, praticamente igualando a melhor marca registrada.
Esse comportamento indica que embora o jejum prolongado cause uma queda significativa nos níveis da testosterona, essa alteração é temporária e tende a se normalizar após o retorno da alimentação.
Por que o jejum prolongado afeta a testosterona?
O impacto do jejum prolongado nos hormônios está ligado ao estresse metabólico que o corpo enfrenta ao ficar longos períodos sem nutrientes. Durante o jejum, o corpo reduz a produção de certos hormônios de forma a economizar energia e se adaptar ao estado de privação calórica. A testosterona, considerada um hormônio anabólico, cai porque o organismo prioriza funções básicas para manter a sobrevivência.
No entanto, com a reposição de alimentos (refeed), o metabolismo volta ao normal, e a síntese hormonal se restabelece. É importante destacar que esse efeito reversível reforça que o jejum, especialmente o prolongado, deve ser feito com cuidado e planejamento, sempre de olho nas respostas do organismo.
Considerações finais sobre jejum prolongado e testosterona
O relato apresentado é um case único — um N=1 —, o que significa que, apesar de relevante, não deve ser interpretado como regra absoluta para todos os indivíduos. Ainda assim, aponta para um padrão que estudos científicos também indicam: o jejum prolongado pode sim abaixar temporariamente a testosterona, que se restabelece após o refeed.
Se você pensa em experimentar o jejum como estratégia para saúde e longevidade, vale lembrar que acompanhar exames regulares e consultar profissionais especializados é indispensável, principalmente para entender como seu corpo responde em termos hormonais.
Para conhecer mais sobre o contexto e dados originais dessa experiência, você pode consultar a fonte original no Reddit.
O jejum prolongado se mostra uma ferramenta potente, mas que, como qualquer outra, exige cuidado e respeito à individualidade. Entender sua relação com a testosterona pode ser um passo para decisões mais conscientes na sua jornada de biohacking e saúde.